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quarta-feira, 14 de abril de 2010

Ocorrência de apoptose em leucócitos no esfregaço de sangue periférico

Os vírus da cinomose canina (VCC) e do sarampo (VS) são vírus de RNA de fita simples negativa, membros do gênero Morbillivirus e da família Paramixoviridae (Lamb, Kolakofsky, 1996). A cinomose canina é uma doença caracterizada por imunossupressão seguida de infecções secundárias (Krakowka et al., 1985). Os órgãos linfóides de cães com cinomose sofrem hipotrofia que já é observada aos 10 dias após a infecção (Krakowka et al., 1980; Moro, 2001). A hipotrofia é acompanhada de elevação no índice apoptótico (número de células em apoptose/número total de células) em órgãos como timo e linfonodos (Alves et al., 2001; Moro, 2001). O VCC e o VS induzem a formação de sincícios in vitro e in vivo (Enders, Peebles, 1954; Heneen et al., 1967; Krakowka et al., 1985). Esolen et al. (1995), pela reação de TUNEL, mostraram a ocorrência de apoptose em núcleos de sincícios induzidos pela infecção pelo VS in vitro. A apoptose é um tipo de morte celular ativa. Sua ocorrência depende de energia, síntese (Kerr, Searle, 1972) e degradação protéica (Grimm, Osborne, 1999). O objetivo desta comunicação foi o de demonstrar a presença de apoptose no esfregaço sangüíneo e em sincícios induzidos pela infecção pelo VCC em cães.
Nove filhotes, com idades entre 30 e 100 dias, foram inoculados pela amostra Snyder Hill do VCC e sacrificados no 10º dia após a infecção. Esfregaços sangüíneos foram corados pelo May Grunwaldt-Giemsa e fragmentos de linfonodos retrofaríngeos processados para inclusão em parafina. Cortes de 5m m foram corados pelas técnicas de HE e verde de metila pironina (MGP), enquanto que outros cortes foram submetidos à reação de TUNEL, segundo Gavrieli et al. (1992), para detecção de apoptosee à imunoistoquímica para pesquisa de nucleoproteína do VCC.
A presença do antígeno de VCC foi confirmada nos linfonodos retrofaríngeos de todos os cães pela imunoistoquímica. A análise dos esfregaços mostrou que houve maior proporção de células em apoptose  no sangue oriundo de animais inoculados. Esse achado reflete o fenômeno que ocorre em órgãos linfóides como timo e linfonodos dos cães infectados com VCC (Alves et al., 2001; Moro, 2001). A formação de sincícios foi freqüente, estando presente em todos os linfonodos retrofaríngeos. Modificações na morfologia nuclear são comuns nas células gigantes multinucleadas formadas durante a infecção pelo VS (Enders, Peebles, 1954; Sherman, Ruckle, 1958; Nichols et al., 1965). Esolen et al. (1995) demostraram que o aumento da basofilia nuclear com retração e condensação da cromatina ocorridos em núcleos dos sincícios induzidos pela infecção com o VS in vitro estão associadas com apoptose. Os resultados mostram que nos sincícios induzidos pela infecção com VCC também são observados núcleos com características morfológicas de apoptose, como evidenciados nas colorações pela HE  e MGP e marcados in situ pela reação de TUNEL .

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